segunda-feira, 24 de junho de 2019

Do(a) advogado(a) e do andamento processual

O TRABALHO DO(A) ADVOGADO(A) O(a) advogado(a) tem uma importantíssima função na defesa do direito em sociedade para zelar pelo bom cumprimento da Lei, por uma sociedade mais justa e no auxílio ao melhor e aprimorado direito dos mais fracos. O trabalho do(a) advogado(a) consiste em estabelecer, em meio aos conflitos, atos juridicamente permitidos para alcançar a justiça em favor de pessoas físicas e jurídicas, aprimorar ou rescindir relações contratuais, sejam elas comerciais, pessoais ou conjugais, intervir nas relações civis entre famílias, auxiliar nos problemas sociais, orientar e assessorar nas relações de trabalho, conduzir nas situações de saúde e intervir em todos os âmbitos das relações humanas na sociedade. Hodiernamente, o maior problema em relação ao advogado(a) são as nuances em relação ao valor do trabalho do operador do direito, bem como, o seu desempenho intrínseco ao processo. Para refletir: O trabalho do(a) advogado(a) tem cunho intelectual. Comparando ao trabalho do(a) professor(a), tem em si o mesmo valor, pois ambos se utilizam de conhecimentos, pesquisas e estudos para que, todos os dias, aprimore e transmita a outros de forma precisa e eficiente. 1. Da atuação do(a) advogado(a) no processo O(a) advogado(a), desde o protocolo inicial no processo, responde às necessidades advindas de seu andamento normal, bem como, às indagações (despachos e atos ordinatórios) feitas pelo juiz e/ou Ministério Público, ainda, manifesta-se quanto à quaisquer oposição da parte contrária, tudo com base no direito (conhecimento adquirido nos 05 (cinco) anos de estudo, somados aos estudos diários que o(a) advogado(a) tem que manter durante toda sua carreira. O trabalho do(a) advogado(a) é de meio e não de fim; compreende-se no âmbito intelectual, na maioria de suas atuações e se utiliza do intelecto e conhecimento, diferente da grande maioria das profissões que se utilizam de mão-de-obra. Exemplo disso é o professor que utiliza apenas seu intelecto e conhecimento para trabalhar e, por sinal, de extrema importância para o crescimento de uma grande sociedade. 2. Quanto tempo dura o processo?? DEPENDE! Depende de diversos fatores que não estão apenas sob a égide do(a) advogado(a), mas também da parte contrária, do juiz e do cartório judicial. Uma das principais coisas que as pessoas têm que entender é que existem milhões de processos e não apenas o delas; um juiz dá andamento e julga diversos processos, portanto, existe um ciclo necessário para cada ato processual. Este ciclo, no geral, ocorre no prazo de 15 (quinze) dias úteis para análise e resposta, consequentemente. Ademais, existem vários trâmites necessários que são variáveis motivados por atos e circunstâncias oriundas do processo ou determinadas por necessidades intrínsecas ao andamento processual, o que, requer tempo, produção de provas e discussão sobre o direito. Vale salientar que onde o Ministério Público se faz necessário, o prazo é sempre maior que o prazo do(a) advogado(a), incidindo assim em maior tempo de extensão do processo. Exemplo disso são os casos que envolvem processos de família, menor e idoso. Lembrando que o processo inicia com a citação do(s) Réu(s) e, é este momento que, pode ser alongado pelo fato de o(s) Réu(s) se encontrar(em) em local incerto ou também furtar-se à citação, pois, enquanto o mesmo não é citado o processo fica estacionado, sendo necessário o exaurimento das vias de citação. Saliente-se que caso não encontre o(s) Réu(s) são necessários vários trâmites para pesquisa e busca do endereço, para somente então, ser efetuada a citação, isso se não houver frustração novamente. Assim, após este trâmite que já absorve um bom tempo do processo, ocorre a manifestação (Contestação) do(s) Réu(s) que é feita dentro de prazo e após a sequência de manifestações dos advogados “rebatendo” as teses firmadas com o direito e produção de provas, caso seja possível. Seguindo-se a sequência de atos e procedimentos oriundos do processo, vem a sentença e, com ela, mais uma etapa, qual seja, o cumprimento da sentença (fase para exigir o direito prolatado na sentença), a possibilidade de Recursos para discussão acerca da decisão do(a) juiz(a). Esta é uma etapa mais complexa, mais difícil para discussão, que requer maior tempo de análise, pesquisas e análises por parte dos operadores do direito e de todo um conjunto de julgadores e serventuários para a persecução do direito e da justiça. E, por fim, a decisão, da qual não cabe mais recurso, ainda conta com a necessidade da espera do trânsito em julgado, ou seja, um período necessário para tornar a decisão, em regra, imutável e irrecorrível e dar às partes a segurança jurídica. Nas diversas possibilidades e vertentes que o direito proporciona, ao final, há a necessidade de que a parte que perde, dê ou pague o que de direito à outra parte; é aí então que se instaura a Execução da Sentença ou o Cumprimento de Sentença. Este momento é também custoso, pois necessita de alguns trâmites, como, por exemplo, liquidação da sentença, ou seja, torná-la líquida ou mais, transformá-la em valor ou quantia certa (valor quantificado do débito exequendo). Suas vertentes são aquelas que ocorrem após a liquidação da sentença que depende da parte que perdeu, se pagará dentro do prazo determinado por Lei ou se dificultará o pagamento, sendo necessário ocorrer os atos expropriatórios, quais sejam, a conhecidíssima penhora. E aí, lá se vão..... Neste sentido, surge a impossibilidade de previsão para término do processo, podendo, em alguns casos, ter uma breve ideia, de acordo com o andamento, sobre o fato que versa o processo e as partes. 3. Doutor(a), quanto tempo dura o processo?? Entenda, você é a parte no processo, esteja do lado ativo ou passivo, e todos os andamentos processuais são oriundos do fato que originou o direito, portanto, os acontecimentos processuais só interessam às partes que o compõem. Existem alguns trâmites que ocorrem no processo que só o(a) advogado(a) saberá responder ao(à) juiz(a), pois requerem conhecimento do direito, estudos e pesquisas que só alguém que cursou 05 (cinco) anos de direito compreenderá e terá condições de responder. É para isso que você contrata um profissional do direito, para que ele atue em uma área da qual você não tem conhecimento e capacidade para atuar. Exemplo disso é quando você contrata um pedreiro para fazer uma obra em sua casa; você o contrata porque não sabe fazer o trabalho para o qual o pedreiro é capacitado. Portanto, você entrega a ele a responsabilidade para executar aquela obra e ao final o paga pelo trabalho desempenhado. Assim também é o trabalho do(a) advogado(a); você contrata o profissional do direito pois não tem conhecimento e capacidade para atuar naquela área e precisa de um profissional qualificado para tanto. O que importa a você é o resultado final pelo qual você pagou e espera um retorno; a diferença está em que, o trabalho do(a) advogado(a) é de meio e não de fim, ou seja, o resultado nem sempre será favorável a você, pois aí, incumbe à Lei dizer o direito. Exemplo disso é o trabalho do médico que não pode lhe dar garantias de vida quando sua saúde se abala, mas ele é o meio para descoberta e possível cura de sua doença. Contrate sempre um(a) advogado(a) em quem você confie e aguarde com paciência as orientações que, com certeza, te informará sobre o andamento processual relevante. Nem sempre é necessário que você saiba sobre um determinado andamento que é pertinente ao(à) advogado(a), pois é necessário o conhecimento sobre o direito para respondê-lo, o que, certamente você não compreenderá e não será relevante que o(a) seu/sua advogado(a) te “ensine” o direito. 4. Dos honorários advocatícios O trabalho do(a) advogado(a) é exaustivo e sua dedicação pode fazer grande diferença num conflito sobre coisas e pessoas. Assim, como qualquer outro trabalhador, o(a) advogado(a) faz jus aos seus honorários advocatícios que nada mais é que seu salário. Ciente disso, todo cliente deve ter a consciência de que, assim como trabalha e merece receber seu salário na data estipulada em Lei, assim também, seu/sua advogado(a) merece receber também seus honorários pelo trabalho desempenhado. O trabalho do(a) advogado(a) consiste na análise do fato e do direito, custando-lhe horas de estudo, pesquisa e desenvolvimento da ação pertinente; para tanto, existe um custo constituído pelo tempo intelectual despendido para dar solução ao caso de cada cliente, portanto, perfeitamente devido o pagamento por este trabalho que é imprescindível para solucionar problemas que você, cliente, provocou ou foi provocado. A desvalorização do trabalho do profissional do direito só acarreta grandes prejuízos à toda a sociedade, pois, inclui nela profissionais despreparados, incautos, desidiosos e desmotivados, incorrendo assim e ausência de justiça aos injustiçados e consequentemente numa sociedade desregrada e desordenada. 5. O horário de trabalho do(a) advogado(a) Situação bastante corriqueira, porém de grande relevância quando se trata do profissional do direito. Assim como todo trabalhador, o(a) advogado(a), também um trabalhador, embora com algumas características bastante particulares, tem uma vida, assim como todo ser humano. Destarte, para esta vida, do profissional do direito, existe o tempo certo para trabalhar, estar com a família, ter seu lazer, estudar, entre outras coisas que fazem parte do dia a dia de qualquer um. Compreendido o exposto, perfeitamente perceptível que, respeitando as escolhas exclusivas de cada advogado(a) em atender ou não seus clientes em horários e dias de descanso, o cliente deve ter a percepção de que o(a) advogado(a) também tem seu horário comercial e horário pessoal. Podem ocorrer casos extremos em que seja necessário ao(à) advogado(a) fazer uma exceção, o que, pode ocorrer fora de seu horário comercial, porém, em regra, o(a) advogado(a) tem também horário comercial para atendimento. 6. O(a) advogado(a) cobra consulta? Em qualquer tempo/hora para profissionais de diversos ramos, como por exemplo, médico, psicólogo, nutricionista, entre outros tantos profissionais liberais, é necessário efetuar pagamento de consulta previamente ao atendimento. Contrário a esta regra, aos profissionais do direito, criou-se um conceito de que o(a) advogado não pode cobrar consulta, pois, no pensamento das pessoas, o trabalho deste profissional carrega conceito altruísmo. É claro que existem exceções, como por exemplo, em casos previdenciários e trabalhistas, onde a grande maioria dos clientes são pessoas que já não auferem nenhuma renda, porém, necessitam dos serviços de um(a) advogado(a) para alcançar as garantias de seu direito. Assim, para que seu direito seja garantido e a justiça lhe seja concedida, respeite o trabalho do(a) advogado(a). Texto de: Dra. Fátima da Silva Alcântara – OAB/SP 381.399

terça-feira, 30 de outubro de 2018

O mundo hipócrita do "ser humano"

     Não se pode dizer que o "ser humano" está de todo perdido; ainda há uma parte que se salva e outra recuperável; já a que não presta, difícil qualificar.

      Gostaria de entender onde foi que a onisciência divina viu beleza ao criar o ser humano; quando nos deparamos com alguns seres, esse pensamento nos remete aos tempos longínquos, aos tempos da criação.

       Vale lembrar que a criação começou pela melhor parte - a bela e imensurável Natureza! E porque não deixá-la reinar sozinha naquela vastidão imensa do nada? Ela, com sua majestosa beleza e tamanho poder e magia, poderia exclusivamente ter a posse da terra e seu domínio e mais, com perfeição.

      Mas, sabe-se lá porquê, o criador, talvez num delírio com a sua mais nova arte, imaginou uma maior ainda - o homem! Ahh, criou este ser, e não se pode negar, diante do mecanismo que existe no corpo humano e na sua evolução e desenvoltura que, pela complexidade e capacidade de auto adaptação e desenvolvimento intelectual, uma obra prima.

      E cá está o criador a observar sua maravilhosa criação a se mover sobre sua primeira, acreditando que este tão perfeito corpo vivo seria o ápice da sua arte. Deu a ele todos os créditos e o poder e domínio sobre a sua bela criação, a natureza.

       
      

terça-feira, 17 de maio de 2016

O golpe no Brasil !








É, sofremos um golpe mortal; fomos atingidos de maneira cruel e inescrupulosa; realmente, isso foi um golpe !
Foi um grande golpe àqueles que aqui, nesta terra bonita, de uma natureza maravilhosa, de rios, lagos e praias, de matas verdejantes e de terra fértil receberam sem piedade.
Este golpe dividiu-se em 3 períodos:
Período Colonial, Período Imperial e Período Republicano. E o ponto de partida, foi o tal "descobrimento em 1500".
Pedro Àlvares Cabral chega às terras brasileiras e...deu-se o início aos milhares de golpes que se seguiriam ao longo dos anos seguintes à terra maravilhosa.
Portugal, com medo de propensas invasões à terra recentemente descoberta por eles, por outras nações, apressou-se em "domesticar" os então indígenas, donos reais da terra; olha o golpe !
Logo em seguida, chega à terra maravilhosa, o Príncipe D. Pedro I; instala-se no Brasil, traz intensas transformações políticas para o Brasil e Portugal unido às elites brasileiras. 
Chega então o Brasil República; aí então, chegou a politicagem,as rebeliões, a ditadura, o comunismo e todos os ideais de homens que só tinham uma meta : O Poder! Olha aí o golpe !
Vamos agora ao Brasil atual; chega a era do avanço tecnológico, da evolução das ideias, da liberdade, do direito à expressão, etc...
Mas chega também com tudo isso, um país que se encaixa muito bem numa frase cotidiana e corriqueira: "...nadando, nadando e morrendo na praia !"
Tudo aquilo que deveria ser prioridade para o crescimento socioeconômico de um país é conduzido com o maior desprezo, enquanto as ambições daqueles que querem a todo custo a fama, o poder e a riqueza são prioridades de alguns em detrimento de milhões !
Olha aí o golpe !!!


Por ; Dra. Fátima S. Alcântara


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Entre o certo e o errado, temos a inversão.

...no meu tempo...
Não é necessário dissertar muito sobre o assunto, ou seja, basta o pequeno trecho acima e surge rapidamente na mente de todas as pessoas todo o contexto de uma trajetória de mudanças, evoluções e  até reversões.
É bem claro que as mudanças e evoluções são bem vindas a todo tempo e porque não dizer, necessárias; basta lembrarmos daquilo que é primordial na vida da humanidade - a saúde; todos podemos nos lembrar de uma época onde diversas doenças não tinham cura e as famílias sofriam quando acometidas por elas; um dos exemplos que me lembro com tristeza era a paralisia infantil, hoje, erradicada no mundo.
Entre tantas outras coisas que, com o passar dos anos foram melhoradas, aperfeiçoadas, criadas, fabricadas, instituídas e constituídas para o bem estar social dos seres humanos.
O mundo contemporâneo abriu mão de valores que foram passados de geração para geração, confundindo ou aceitando fatos e coisas que não condizem com a moral e os bons costumes, deixando de lado aquilo que era alicerce e base para o sustentáculo da sociedade, a família.
Alguns, usando suas concepções e conceitos, ainda tentam justificar ou atenuar alguns atos, que, levam a sociedade ao desequilíbrio e caos; as consequências negativas disso são na maioria das vezes, irreversíveis e repercutem no futuro das novas gerações que, perdidas neste desequilíbrio, dão continuidade dentro da sua família.
É a impressão que a grande maioria tem - " Parece que o mundo está de pernas pro ar ! "
A desonestidade, a mentira, o egoísmo tornaram-se a prevalência da sociedade e quem anda na contramão não alcança méritos; a ostentação é o espelho para uma sociedade corrupta e marginalizada, onde, seja por qual meio for, o seu valor está no quanto tens na conta bancária, no modelo de carro e nas roupas que você usa e na casa suntuosa que você mora.
A família é o sustentáculo da sociedade e quando esta família está corrompida pelos maus hábitos, pela ausência de estrutura familiar e educação, automaticamente, reflete-se tudo isso na sociedade e, consequentemente, transforma todo o meio em que vivemos.
Perdemos o direito de dar " palmadas " para adquirirmos a obrigação de responder pelos atos errôneos dos filhos, nossos e dos outros; perdemos o direito de castigar e corrigir nossos filhos e adquirimos a obrigação de estar presentes quando estes são presos por atos de delinquência.
Lutamos pela conquista de espaço e de igualdade com os homens, claramente devidas, porém mal interpretadas, mas perdemos deles, o respeito à nossa delicadeza e à nossa sutilidade; fomos trabalhar fora integralmente, mas com isso, perdemos o poder e a liderança de nossos filhos, que, tendo que ficar muito tempo sem uma autoridade que os pudesse controlar e guiar, transformaram-se em pessoas desgovernadas e sem controle de suas ações.
A educação, o mais belo pilar de uma sociedade, fragilizada com esta evolução, já não é respeitada como antes; professores são hostilizados pelos alunos e muitas vezes espancados, num ato de imenso descontrole e ausência de respeito.
Ouvimos frequentemente nas conversas entre pessoas mais maduras, os exemplos de tratamento entre os pais e filhos; filhos não alteravam a voz diante dos pais, não os agrediam, não os matavam; os idosos eram respeitados como sábios da família e hoje são considerados " restos ", a grande maioria é descartada como se não tivessem valor algum.
E, de repente, nos deparamos com valores sociais sendo estuprados, violados e até censurados em função de interesses financeiros e de poder de uns poucos e em detrimento de milhões; as pessoas se preocupam e valorizam mais o exterior, os direitos " humanos " favorecem o marginal em detrimento do oficial da lei, os governantes gastam bilhões com estádios de futebol e eventos carnavalescos e deixam de investir em educação, saúde e segurança, o que realmente é importante para transformar um povo numa grande nação; as mulheres ( sem generalizar) transformaram-se em objetos de prazer e desejo anunciadas, desvalorizando-se a si próprias, entre outros tantos desvalores que a sociedade permitiu que preponderassem nos meios sociais.
Queremos um mundo bom pra nós, mas temos preguiça de fazê-lo assim; queremos uma sociedade sólida, estruturada, decente, mas não fazemos o menor esforço para conquistá-la; queremos as coisas nos lugares certos, mas não saímos da nossa zona de conforto para buscá-las.
Permitimos que a mídia determine o que é certo e o que é errado; permitimos que ela encha nossos cérebros de coisas fúteis e que espalhe sobre o mundo a deturpação dos valores que outrora foram ensinados pelos nossos pais e que, abrimos mão deles sem analisar quão degradante seria para nossa sociedade atual e será para a futura, a ausência destes.
Tudo isso é apenas, culpa nossa !















Por : Fátima S. Alcântara


terça-feira, 29 de setembro de 2015

....um mundo subjetivo...







Nem entendo porque ainda perdemos tempo com tantas coisas idiotas e banais. Perdemos muito tempo com pensamentos, filosofias, estudos sobre o ser humano, sobre a natureza, sobre a vida, sobre nosso EU interior e etcétera; e acabamos por descobrir que no final só uma coisa é concreta : Morremos todos !!!
Traçamos planos, fazemos projetos, desenhamos " mapas da mina da felicidade ", planejamos futuro, corremos atrás de objetivos e tantas outras coisas; e tudo isso para...?
E lá vem o tal do " Destino " ou sei lá como se chama essa tal coisa que elabora minuciosamente nossos caminhos sem nos consultar e muda tudo. Lá vem a tal da  " predestinação " que dá a uns o que não querem ou merecem, deixa outros a ver navios e ainda outros na pior das situações.
E nós, meros mortais, que passamos todo nosso tempo correndo contra ele, imaginando coisas, acreditando em outras e buscando algumas sem saber ao certo se é bom ou ruim, se conseguiremos ou não...enfim...
Descobrimos que nada somos e nada sabemos na verdade ! Ao longo de milênios de existência, nós seres humanos, vimos com o passar do tempo, uma tal de " evolução " que, outrora pensávamos ser o ápice de nossas conquistas e glórias...e de repente...nos deparamos com uma realidade que em nada nos agrada na verdade.
Olharmos toda a nossa trajetória e concluirmos que estamos num círculo vicioso onde as circunstâncias predominam sobre toda a nossa capacidade intelectual; percebermos que as coisas não acontecem de forma igual para todos e que o que é pra mim, talvez não seja para o outro e o que é para o outro, talvez não seja para ninguém; triste descoberta.
Tudo é muito complexo e aleatório; muito além da nossa capacidade de compreensão. E, alguns de nós, ainda acredita na própria superioridade e ainda acredita ser diferente ou melhor; triste descoberta.
Perdemos tanto tempo com as nossas ambições e e desejos, com nossos conceitos e pré - conceitos, com nossas ideologias e filosofias que não conseguimos enxergar o quanto tudo isso é quase nada. Muito embora, saibamos que estamos aqui pra fazer algo e para construir e desconstruir, sabemos também que depois de feito tudo isso, nada mais temos a fazer senão esperar que tudo se finde na morte.
E depois ? Fica na imaginação, na crença, no conhecimento (quem sabe) nas conjecturas, a esperança de que além daqui haja algo maior ou melhor.
É sempre tudo muito subjetivo; estamos, somos ? Não sabemos....ou sabemos? Então, o quê seria ideal?
Alguns de nós chega a uma determinada idade chamada de " madura " e começamos a nos interrogar sobre diversas coisas que vivenciamos durante esta longa jornada terrena; e para nossa surpresa, chegamos a um veredicto tão simples e comum que nos surpreende. 
Não há lógica alguma na vida; tudo o que acontece aqui é subjetivo; as mudanças, a evolução, a construção do ser é tão complexo que não nos permite fazer uma análise concreta e determinar a finalidade de nossa vinda a esta terra.
Assim, com toda esta minha " filosofia ", quero realmente dizer-vos :
Deixa de besteira, pára de perder seu tempo com banalidades e futilidades e viva porque chegará um momento em que você descobrirá que não existem fórmulas ou segredos pra vida. A única coisa que você pode fazer é viver, continuar, tentar, lutar, subsistir !
A existência já é por si só uma coisa massante; portanto, sem excessos e exageros, apenas....Viva!


Por : Fátima Alcântara






sexta-feira, 27 de março de 2015

Utopia


Não é difícil compreender que a vida não tem fórmulas e regras e que ela mantém segredos a sete chaves das suas manifestações e motivações; é menos difícil ainda perceber que, por mais que traçamos planos, nem sempre é o que realmente acontece ou que esteja " destinado " a acontecer.
A vida é uma evolução diuturna e porque não dizer, uma " revolução por minuto ", como escrito na letra da música do RPM. Embora se elaborem projetos, desenvolvam ideias, tracem planos e idealizem objetivos, ela, com certeza, vem, sorrateiramente, sutilmente, e nos " prega uma peça ".
Muda tudo de lugar, troca os pares, cria ramificações, constrói e destrói, altera aquilo que foi feito sem a ideia de se alterar. É perceptível a influência desta mestra no cotidiano e porque não dizer, em cada segundo de nossa tão frágil existência terrena.
O que foi um dia pecado, hoje é permitido; o que foi um dia um erro, hoje é irrelevante; o que foi um dia maldade, hoje é um conceito; o que foi um dia feio, hoje pode ser alterado; o que foi um dia proibido, hoje é lei.
Nós vivemos em constante revolução e mudanças; mudamos os conceitos morais, os ideais, as ideias, a moral, os costumes, os sentimentos, a maneira de ver e compreender a vida, evoluímos (??) e até percebemos como isso nos acontece com o passar dos anos.
E quando chegamos a um determinado momento de nossas vidas, percebemos, que tudo aquilo quanto acreditávamos saber ou entender, tornam-se estranhos e obscuros ou até errôneos; compreendemos que não existe uma verdade única e uma única verdade, que não somos absolutos em nada, mas relativamente plenos, que a nossa evolução nada mais é que apenas uma mudança diária e que esta mudança pode retornar ao primeiro estado.
Corremos no dia a dia em busca de valores materiais, alguns poucos ainda tentam buscar o espiritual; corremos atrás de fama, dinheiro, reconhecimentos, ascenção social e até mesmo de riquezas, mas pouco percebemos o quanto isso finda-se em fadigas e insatisfações.
A  vida tem muito mais a nos dar do que simplesmente coisas que perecem; o aprendizado, a percepção e o conhecimento elevam o ser humano muito além daquilo que é perceptível, mas o próprio homem criou um método alienante para vetar os desejos por estes valores, induzindo-nos a acreditar que nos tornamos plenos com estas características capitalistas.
A utopia de um mundo melhor, de um paraíso terreno, de pessoas melhores e de ideias mais humanísticas ficam apenas nos escritos, nos livros e nos filmes porque a realidade está aquém disso tudo.
Embora a própria vida acabe por nos ensinar com o tempo que estes valores são, sem dúvida, o melhor caminho a seguir, somos ainda resistentes e, porque não admitir, obrigados a seguir o ritmo por questões de conveniência, necessidade e sobrevivência.
O que fazer então? Quebrar as regras? Seguir calado? Quem sabe um dia possamos enxergar ao longe uma pequena faísca dessa possibilidade ou até mesmo sair dos sonhos e ideias para uma perspectiva mais real?
Quem sabe a vida tenha nos preparado, num outro plano, a realização deste sonho? Ou quem sabe ainda aqui, a milênios de distância adiante nossos descendentes possam viver uma realidade diferente?
O que mais se espera da vida ? Ou melhor dizer : o que mais se espera do ser humano? Porque a vida, sabemos, segue seu curso natural e não pode ser violada; quanto a nós, seres humanos, seguimos as circunstâncias terrenas sem sabermos ao certo se tudo correrá como queremos.
E, no mais, sabemos que tudo se finda em um mesmo lugar - para grandes, pequenos, negros ou brancos, altos e baixos, pobres ou ricos.
Bom seria que pudéssemos refletir universalmente sobre isso, deixando de lado nossos anseios, desejos, egoísmos, ambições e buscando o mais elevado plano para o ser humano : a plenitude interna.
O mundo ideal, imaginário ou fantástico ainda é possível.
Sonhar ainda é gratuito!!!



Por : Fátima Alcântara


quinta-feira, 5 de março de 2015

...lacunas....




Ahhh, quem dera fôssemos donos de nosso destino ou de nossa própria história!? Quem dera pudéssemos, realmente, decidir nossos caminhos e colocar nele um " final feliz "! Quem dera pudéssemos fazer as escolhas certas no momento certo e depois de tudo colher as melhores consequências!?
Quem dera, traçássemos um caminho e, a vida, sem pedir licença, simplesmente não o desviasse para outros rumos; quem dera a nossa trajetória fosse traçada pelos nossos esforços e anseios e não por uma incógnita  que chamamos " destino "!?
Quem dera o mundo fosse a reprodução da nossa fotografia ( ou selfie ), quando os sorrisos são sempre plenos e constantes e os abraços sempre sinceros e duradouros; quem dera as histórias findassem sempre com um " felizes para sempre " e a justiça fosse como nos filmes e novelas ( no final dá tudo certo )!.
Quem dera tivéssemos a certeza de que realmente, a morte, fosse apenas uma passagem desta vida para uma melhor e que lá do outro lado, toda nossa inconstância e problemática não mais existissem; quem dera se não fôssemos mais " humanos ", mas seres realmente humanos!?
Ahhh, quem dera, os abraços fossem sinceros, os olhares límpidos e as palavras doces como mel; quem dera os sonhos pudessem ser plantados e as flores não serem arrancadas do jardim; quem  dera o côncavo e o convexo não fosse apenas o título de uma música e  a verdade entre a realidade e o irreal fosse apenas filosófica.
Quem dera o mundo não fosse " redondo " e não tivéssemos que encontrar as mesmas pessoas no final dele; quem dera a virtude fosse obrigatória e o mal fosse apenas um complemento; quem dera o pensamento fosse universal quando fosse tratar sobre respeito ao próximo e que fosse individual quando fosse tratar sobre " cuidar da própria vida" !?
Quem dera...quem dera pudéssemos sonhar com um mundo menos hipócrita; quem dera pudéssemos plantar amor e paz; quem dera pudéssemos podar os homens e colher-lhe frutos!? 
Quem dera!!!!



Por : Fátima Alcântara